quarta-feira, 30 de junho de 2010

Alguns Temperos e suas utilizações

Olá amigos vamos conversar hoje sobre alguns temperos e suas utilizações.E uma referência interessante para qualquer churrasqueiro e qualquer pessoa que curta cozinhar.Divirta se preparando seus pratos e seus molhos.





Temperos
Utilização
CARDAMOMO
Fruta ou semente da planta da família do gengibre; nativo da Índia, também cultivada na Guatemala e Ceilão. Para utilizá-la é necessário retirá-la da casa e amassá-la. Use-as nas sopas, no fígado, na carne de porco, no pickles e para aromatizar licores. Muito usada, principalmente em molhos cremosos doces. A planta também e decorativa --tem flor cor-de-rosa, muito bonita. 
Principais utlizações:   (Retirar e amassar as sementes) Pickles. Para aromatizar licores,café, vinho quente, Em sopa de frutas e massas, Batata doce, feijão cozido, Fígado e carne de porco, Peixes, Molho para churrasco, Geléias, compotas, pães, doces, tortas, ponche e arroz-doce 
COLORÍFICO
É um preparo a base de urucuzeiro com fubá. Use-o para dar uma atraente coloração vermelho alaranjado ao arroz e frango. Também utilizado na confecção de pastas de queijo, molhos cremosos e farofa. 
Principais utlizações:  Patês, Sopas em geral, Na coloração do arroz; farofa, Pastas de queijo, Picadinho de carne, Molho cremoso para peixes 
COMINHO
Semente amarelada marrom, originária do oriente e cultivada no Egito. Use-o em molhos para carne e peixe, legumes, ovos e queijo. Utilizado na carne assada, cozida ou de panela. Ingrediente básico na cozinha regional nordestina. Vai bem até no feijão. Sementes moídas são muito usadas para o tempero de picles. Experimente antes de usar, pois o gosto é forte. 
Principais utlizações:  Maionese, Sopa de legumes ou galinha, Feijão, arroz, repolho, cenoura,  batatas, Queijos, Cozidos de carne e aves, chilli com carne, hamburger, Peixes cozidos, marinadas, Molho de tomate 
CURCUMA
Raiz da planta da família do gengibre. Nativa de Conchin China e importada da Índia e Jamaica. Ingrediente básico no curry e na mostarda. Usado em sopa e massas. No Brasil conhecido como Açafrão da Terra. 
Principais utlizações:  Pickles e maioneses, Sopas e macarrão, Na coloração do arroz;  cobertura para saladas, Pratos de ovos mexidos ou cozidos, Frangos grelhados ou assados, Peixes e frutos do mar, Molhos cremosos; molho branco ou queijo, Para colorir pães e bolos 


ESTRAGÃO
As folhinhas são muito parecidas com as da erva-doce. Perfeito para o tempero de porco, galinha, ovos, peixe. Dá um sabor especialíssimo a molhos de saladas à base de vinagre, sopas e pastas de queijo. Ótimo bem picadinho junto com manteiga derretida, para derramar sobre espargos, vagem, beterraba, ervilha ou espinafre. 
Principais utlizações:  Maionese e pickles, Sopa de tartaruga e creme de peixe, Salada de atum e saladas verdes, Creme de ovos, Na preparação de vitela, carneiro, frango grelhado, Limão e recheio de peixes e moluscos, Vinagrete e molho tártaro 
FINES HERBES
Mistura de 4 ervas que tornou famoso o Omelete aux Fines Herbes. Essa combinação de cerofólio, cebolinha francesa, salsa e estragão é o degredo de muitos chefs. Também usada para peixes, legumes, maioneses, queijos, mostardas e souflés. 
HERBES DE PROVENCE
Combinação maravilhosa de 7 ervas aromáticas para assados, grelhados e molhos de carne em geral. 
HORTELÃ
existem algumas variedades. A mais conhecida é aquela plantinha rasteira. Sua folhinhas aromáticas são geralmente usadas frescas. Mas podem ser guardadas secas também. Excelente no tempero de molhos para salada, sopas, carnes, peixes. Muito popular na cozinha árabe. Gostosa em refrescos e complemento de drinques (mint julep). Faz licor saborosa para se tomar com moído. Vai bem em geléias também. 
KUMMEL
Planta originária da Europa e Ásia, onde cresce espontaneamente, posteriormente aclimada e cultivada na América do Norte. Conhecida no Brasil também pelo nome de Alcaravia. Muito utilizado em pratos alemães, eslávicos e húngaros. Use-o também em bolos, pães, biscoitos, patês e sopas. 
Principais utlizações:  Licor e patê de queijo, Salpicado em sopas, creme de ervilha, Chucrute, salada de repolho e couve, Torta de queijo, Carne de porco, assado de carnes de vaca, Pão de milho, maçãs assadas 


MELISSA
da família da erva-cidreira. Água de melissa sempre se usou para acalmar os nervos. Mas é também um tempero aromatizante. Um pouquinho em caldos e carnes dá certo. 
PIMENTA-DA-JAMAICA
Vai bem em temperos de carnes de todos os tipos. Logo, ótima na vinha-d'alhos. Veja allspice. 
Principais utlizações:  Patês de presunto e fígado, pepino em conserva e pickles, Minestrone e sopa de aspargos, Espinafre e cenoura, Cozido de carne, porco e vitela, Peixe cozido,  Molho para carne de porco e vitela, Pães rápidos ou de fermento, bolo de fruta, compotas, torta 
RAIZ-FORTE
Vem do Oriente. Muito usada na cozinha russa, encontra-se ralada, em vidro. Picante, dá um gosto bom aos molhos, churrascos e assados. 
Principais utlizações:  Moderadamente em canapés, Saladas cruas, como as de pepino e rabanete, Carnes vermelhas e brancas assadas com molho, Arenques, Molhos picantes 
ROSMANINHO
De origem portuguesa. Não é fácil de encontrar. Valoriza muito os molhos, especialmente para saladas e carnes. Vai bem na vinha-d'alhos. 
SEGURELHA
Também ser usada de leve. Em sopas de ervilha, lentilha, feijão. Dá um gostinho bom em suco de tomate. Vai bem, mas pouquinho, no tempero de carne de porco, galinha e peru. Faz parte da vinha-d'alhos. 
Principais utlizações:  Suco de tomate, Sopa de creme de peixe ou feijão, sopa de vegetais, Broto de bruxelas, vagens e legumes, Ovos cozidos e ovos recheados, Recheio para carnes, aves e hambuger, Recheio para peixes gordurosos, Molho madeira, tempero para salada 
SALVIA
Folha de sabor forte, muito popular na Itália. Bem aproveitada aqui também em farofas para rechear galinha, peru, pato. Mas é bom usar devagar, senão seu sabor dominará tudo. 
Principais utlizações:  Patês de fígado e de queijo, Sopa de tomate, lentilha e macarrão, Tomates, purê de batata, espinafre, saladas verdes, Queijos e omeletes, Carnes gordurosas, linguiça, carne de porco, pato, Ensopado de peixes, Use com alecrim e tomilho para molho de churrasco, Pão de ervas 


TOMILHO
Aromatizante de sabor forte. Deve ser igualmente usado com muito cuidado, mas vale a pena experimentar em molhos, peixes, sopas, recheios para aves. Sensacional para peixe, lagostas e camarão. Melhor ainda em carnes, principalmente de porco: esfregue um pouquinho macerado junto com sal e pimenta-do-reino. 
Principais utlizações:  Patês, Caldo de carne e galinha, Cogumelos, cebolas e batatas, Ovos fritos e mexidos, Carne de porco, vitela, coelho e cozidos, Peixes gordurosos, cozidos,  Recheios, Molho escuro,  
  
ZIMBRO
Esse é um grãozinho quase desconhecido. Os pequenos frutos secos macerados e destilados dão a bebida chamada genebra. Valoriza bastante temperos de carnes. Como a vinha-d’alhos. 
Principais utlizações:  Para aromatizar bebidas alcoólicas caseiras, No cozimento do feijão, indispensável no chucrute, Cozidos de carne e frango, Molho para carnes.

terça-feira, 22 de junho de 2010

Costela de Cordeiro ao Tempero de Ervas





Hoje em dia graças ao mundo globalizado e a um Brasil que cresce em todas as suas fronteiras, estamos aprendendo a conhecer um outro tipo de sabor de carne que não a carne de boi.A carne de ovelha siginificado: (carneiro e a ovelha adulta o cordeiro e a ovelha jovem) está se espalhando pelo Brasil, e conquistando os paladares mais exigentes.A ovelha não serve só para lã, ela também é uma iguaria em sabor para os que descobrem.Eu desde de muito novo saboreio a carne de cordeiro e de carneiro, e então desde de muito aprendi a valorizar seu sabor e o prazer de consumi la.A uns 10 anos atrás não se encontrava essa carne com facilidade em mercados, somente em locais especializados em carne.Isso com certeza mudou, essa carne passou a ser conhecida e distribuída em grandes mercados o que facilitou a população seu acesso.E realmente uma carne de sabor sofisticado, que exige um preparo diferenciado e um consumos com um retoque todo especial.Mais cada vez mais o povo descobre o sabor de uma carne rica em qualidade e requinte.Vamos conversar de como fazer essa carne em casa, simples, sem um grande trabalho e de um sabor final que fica gravado em nosso paladar.A Costela de cordeiro têm uma carne mais macia que a costela de carneiro e podemos comprar em grandes mercados e em alguns pequenos mercados também, ela vêm em embalagens congeladas que variam de 1,5 Kg a 2,5 Kg.Deixe a Costela de Cordeiro descongelar por completo e então vamos ao seu preparo.
Itens:
Vinho Tinto Seco ou Molho Shoyu
Manjerona
Tempero pronto de ervas finas (pote)
Tempero Toque de chefe (Kitano)
Pimenta do Reino
Orégano
Geleia de Hortelã

Coloque a costela de cordeiro cortada em tiras de de duas ripas (ou se preferir deixa toda inteira) em uma tabuleiro com a parte do osso virada para baixo, coloque o Vinho ou o molho Shoyu (sua preferência) em cima de todos os pedaços de costela.Espalhe a manjerona por todos os pedaços, coloque entre 4 a 6 colheres do preparo pronto de ervas finas que você compra em qualquer mercado sobre toda a carne e espalhe bem.Lembre que esse tempero já têm sal, então você coloca o tempero a gosto de acordo com seu nível de sal tolerável.Lembrando que a carne de cordeiro e levemente adocicada, portanto o sal pode ser colocado num nível maior que você coloca naturalmente sobre seus temperos.Depois de misturar bem os temperos, adicione sobre cada ripa de costela duas a três pitadas de Tempero Toque de chefe, uma pitada de pimenta do reino a gosto e orégano a gosto também.Deixe esse tempero descansar por no mínimo 6 horas antes iniciarmos o seu cozimento.Após o tempo de descanso do tempero, ligue seu forno na temperatura máxima e deixe assim por 15 minutos.Depois desse tempo, abaixe para 180º graus e coloque sua costela no forno, após 2 horas e meia, aumente a temperatura para o máximo e deixe mais 5 minutos.Pronto sirva sua costela com uma deliciosa salada ao seu gosto e se você curtir, utilize a geleia de hortelã que é um excelente acompanhamento para um cordeiro.Espero que você se delicie com essa iguaria Brasileira, e até o próximo post.

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sábado, 12 de junho de 2010

Cozinha Gaúcha


Olá Amigos vamos conversar hoje sobre a cozinha Gaúcha. É praticamente imediata a associação entre o Rio Grande do Sul e o churrasco, que é consumido quase como em um ritual, sobretudo aos fins de semana em reuniões familiares ou de amigos. Logo veremos, porém, que o gaúcho saboreia muitos outros pratos.
Na Campanha, a carne de consumo diário é a de ovelha.
Na região serrana, nas cidades e no resto do Brasil, a carne de ovelha é impropriamente chamada "carne de carneiro".
Carneiro, para o gaúcho, é o macho da ovelha, isto é, um animal destinado à reprodução. Conforme o número de pessoas existentes na fazenda, abate-se um ou mais "capões" (macho de ovelha castrado) a cada dois dias aproximadamente. Após courear (extrair o couro), as carnes são preparadas em forma de churrasco, assadas ao calor das brasas em grelha ou espeto.
O primeiro assado é o sangrador - carne de pescoço onde se cortam as jugulares da ovelha para matá-la. Depois, as carnes são ensopadas, principalmente o espinhaço, na maneira simples da cocção em água fervendo, ou combinadas com outros ingredientes. Dos quartos, mais polpudos, tiram-se os bifes ou prepara-se o charque, que é muito apreciado. A cabeça é assada para os peões e a gurizada que a disputam entre si. Também se faz lingüiça de carne de ovelha misturada à carne de gado.
Afora as grandes estâncias, podemos dizer que o abate de gado vacum se verifica quinzenal ou mensalmente, conforme o número de pessoas da família e empregados. Em propriedades menores, o dono só determina o abate deste gado para o fim do outono, objetivando, principalmente, a feitura do charque - carne seca ou carne-de-sol, como é chamado em outras regiões do país - para provimento ao longo do inverno.
Na Campanha, depois de coureada a rés abatida, extrai-se o "matambre", carne que fica entre o couro e a "manta", cobrindo as costelas. Com o matambre, faz-se o primeiro churrasco. Antes de assar, o gaúcho "surra", isto é, bate o matambre sobre a própria rés ou num moirão ou qualquer outra madeira-, bate forte para amaciar. Enquanto assa, segue carneando.
A parte preferida para o churrasco é o costilhar sem a manta. Partes de peito com granito", assim como da "agulha", são usadas para "fervidos". Além destas carnes, vão para a cozinha o "tatu", o "lombo" (filé curto), o "filé mignon", a "picanha" e o "aleatre". As outras carnes são salgadas. Alguns ossos, principalmente os da perna, providos de "caracu" (tutano), os do alcatre e da paleta são aproveitados para fervidos e sopas; o resto vai para a extração da graxa bovina. A "rabada" (cauda de boi, coureada e desarticulada), é frita na panela, ensopada simples ou com batatas ou mandioca. Das patas, extraem-se o azeite (óleo) geléia de mocotó. Com ela, faz-se o prato do mesmo nome. Se a rês abatida é fêmea, salga-se o ubre para depois adicioná-lo ao feijão. O ubre também pode ser saboreado assado ou frito. Se a vaca está prenhez adiantada, o gaúcho aproveita o nonato. Cozido e mexido com farinha, o prato é chamado de "terneiro" e, na fronteira, "tapichi".
Por alguns dias, há fartura de carne fresca. Além de fervidos e as comem-se bifes, carne frita na caçarola, guisadinhos e os "'miúdos" ou "fressuras".
Depois, volta-se à ovelha, diariamente, e, no inverno, com o gado magro carneia-se também, com mais freqüência, o porco gordo, cevado, carne no verão é muito perecível. Além do porco, nessa época é usada a carne de galinha.
No período da castração, os testículos de touro são assados direitamente nas brasas. Usa-se também fritá-los, acrescentando-lhes ovos de galinha ou preparálos mexidos com farinha.
Normalmente quando, numa fazenda, se carneia o gado vacum, já se tem devidamente cevados, um ou mais porcos adultos capados.
Sangrado o animal, o talho é imediatamente tapado com um sabugo de milho. Depois de pelado, o porco é aberto. Com uma vasilha, colhe-se o sangue retido pelo tampão. E o que vai servir de matéria-prima para o fabrico da "morcilha", "morcilha de sangue" ou "morcilha preta", recebe como invólucro as tripas do animal.
Do "buchinho", parte menor do estômago, sai o invólucro para o "queijo de porco" ou a mistura com a carne de vaca, que é a mais comum. Dai carnear-se o bovino e o suíno para aproveitamento associado.
Da gordura do porco são extraídos o toucinho e a banha. Dos resíduos desta última - alguns com porções de carne meio torrada -, colhe-se o torresmo.
As carnes não consumadas em pratos especiais são transformadas e embutidas. A cola (cauda), patas, orelha e couro (pele) são salgados para ulterior aproveitamento. As carnes da cabeça são extraídas para a morcilha branca ou o queijo de porco.
Salvo a zona litorânea e as cidades ribeirinhas, onde a pesca é praticada profissionalmente, de maneira artesanal, o peixe não é frequente à mesa do gaúcho. O gaúcho consome peixe ocasionalmente, em alguma pescaria de fim de semana ou nos feriados de Páscoa.
De couro e água doce, os peixes mais comuns são o pintado, o jundiá, o pati e o surubi. De escamas, há o dourado, a piava, o grumatã e a traíra. Os peixes de mar mais consumidos são o linguado, a tainha, o miraguaia, o burriquete, o peixe-rei, etc. Outras espécies são consumadas, mas estas são as mais apreciadas.
Os peixes de couro são preferidos para ensopados, servidos invariavelmente com um pirão feito com farinha de mandioca. Os de escamas são muito apreciados fritos ou ao molho de escabeche. Entretanto, qualquer um desses peixes pode ser preparado frito ou ensopado. Para as fritadas de aperitivo, usam-se peixes miúdos - lambaris (de água doce) e sardinhas (de mar).
Muito usada é a sopa de cabeça de peixe. O bacalhau da Campanha é o peixe salgado das pescarias: "charque de peixe", como dizem na região.
Registre-se que esses nomes populares de peixes apresentam pequenas variações no Rio Grande do Sul. Em relação ao restante do país, porém, essas diferenças são muito significativas.
Dos derivados da carne, o charque é o mais comum e o mais saboroso. Pode ser saboreado assado, quando fresco, frito na panela ou guisado. Desta maneira, é feito simples ou cozido com legumes ou verduras picadas ou cereais. É o ingrediente fundamental para o preparo do "arroz de carreteiro" e a "paçoca de charque" ou "roupa velha", muito semelhantes, ambos socados no pilão. Na região serrana, esses pratos são acrescidos do pinhão, que é pilado junto. Como complemento do feijão ou feijoada, é muito usado o "desfiado de charque."
Do boi, tira-se a "tripa grossa", "tripa gorda" ou "tripa cancheira" nomes dados ao reto dos animais. Sempre precedida de uma demorada fervura para amaciar, a "tripa" é servida na grelha ou espeto, frita na panela, simples ou recheada.
O mondongo (bucho, dobradinha) requer fervura demorada antes de se iniciar seu preparo. Cortado em pequenas tiras, é ensopado simples ou com batata-inglesa. Em guisado, é picado miudinho e mexido com farinha de trigo ou de mandioca. As partes gordas são cortadas em pedaços grandes e fritas na panela.
A soalheira é salgada e pendurada para ser-vir de "coalho" para o leite, Alguns a comem assada ou frita.
Os rins são assados na grelha ou no espeto. Podem ser servidos como guisado simples, fritos na panela e refogados com farinha de trigo ou mandioca.
O fígado é servido em bifes simples ou guisadinho mexido com farinha. Também fica muito saboroso assado na grelha ou aferventado com sal para ser consumido frio. O coração é preparado da mesma maneira que o fígado. Os miolos não são aproveitados na Campanha. A cabeça, assim como alguns miúdos e carnes inferiores, é dada aos carneadores - empregados pobres que auxiliam a carnear -, ou então é partida e levada a ferver com outros ossos para extração da graxa.
A língua deve ser fortemente "surrada", batida, antes de ferver, para largar o couro. Come-se recheada, ensopada com batata-inglesa ou ervilhas, em fatias e coberta com ovos (à dorê).
A "passarinho" (baço de rês) é assada na grelha ou no espeto.
Da ovelha, os miúdos mais comumente usados são os rins, o fígado e o coração. Preparam-se os miúdos de ovelha tal como os de boi. Uma opção é picar tudo junto e fazer guisadinho mexido. Também se come a coalheira frita ou assada. Do sangue, faz-se o sarrabulho.
Os miúdos de porco são aproveitados parte para a morcilha (morcela) branca, parte para a morcilha preta. Raramente são consumidos em separado. Tripa grossa, bucho, rins, fígado e bofes não são aproveitados. Do sangue, também se faz o sarrabulho.
As caças são ocasionais, tanto as de pêlo como as de penas e estão subordinadas a épocas, com proibição de algumas espécies.
Não consideramos essas carnes neste trabalho por fugirem à alimentação cotidiana do gaúcho, quer na Campanha, quer nas cidades.
Dos cereais, o feijão preto é o mais comum entre os gaúchos. É o ingrediente básico da famosa feijoada, cujas sobras são aproveitadas para preparar o "feijão mexido" com farinha de mandioca. O feijão branco é usado "ao natural", isto é, cozido simples. Outros tipos são o fradinho, o cavalo, o mourinho, o carioca, todos de presença variável.
O feijão preto cozido junto com o arroz resulta num prato singelo denominado "branco e preto" - O feijão mexido com arroz no mesmo recipiente é chamado "carijó".
O arroz cozido simples é presença diária na mesa do gaúcho. Com o guisado de charque, compõe o tradicional "arroz de carreteiro"; com galinha, transforma-se na famosa "gatinhada", ou simplesmente "arroz com galinha"; com lingüiça cortada ou desmanchada, é o "arroz com lingüiça"; com carne fresca, alguns chamam de "maria-rita". É preparado também com couve ou repolho, com guisado de mondongo e mais raramente com pêssego. É muito usado no preparo de canjas e sopas.
A lentilha é preparada de forma bem simples, podendo ser adicionados pedaços de batata-inglesa e alguma carne salgada.
O milho verde é consumido cozido ou assado nas brasas. As espigas inteiras ou em pedaços completam sopas e fervidos. A canjica (milho seco quebrado) é cozida com charque ou galinha, bem como o trigo.
Legumes como mandioca ou aipim, batata-doce, batata-inglesa, chuchu e vagem (do feijão-verde), além de constituírem pratos independentes, complementam fervidos, assados e sopas.
A abóbora-moranga é cozida em pedaços grandes, com casca, e assim servida. Como complemento é descascado e feita em pedaços para acompanhar outros pratos. A abóbora-menina é servida da mesma forna que a abóbora-moranga. É o ingrediente básico para o preparo do quibebe. A abobrinha verde é muito frágil e de rápida cocção. É cozida inteira, com casca. Também complemento outros pratos quando descascado e cortada em pedaços. A abóbora-moranga tem a casca bastante dura e é saborosíssima. E servida cortada em gomos e cozida com a casca.
As verduras, além de constituírem pratos próprios, acompanham outras iguarias como o arroz, fervidos, guisados, ensopados e sopas.
A couve é cortada em tiras estreitas, frita na banha e cozida em água dissorada das próprias folhas. Em tiras, complemento guisados ou entra no cozimento do arroz. As folhas inteiras são usadas para fervidos. Alguns põem folhas partidas em pedaços grandes no feijão. O repolho é usado da mesma maneira. A mostarda é aferventada inteira, Fortada e batida com o fio da faca até aproximar-se do estado pastoso. E frita em banha e cozida no próprio caldo.
Entre as farinhas, a de mandioca constitui o acompanhamento indispensável do churrasco. É muito usada no feijão e em outros pratos, caldeados ou não. É também o ingrediente básico de farofas e pirões. A farinha de milho é usada para fazer angus, salgados ou doces, e cuscuz. Com a farinha de trigo preparam-se massas em geral. Ela é a liga comum para ovos batidos, guisados e bolinhos. É usada para engrossar caldos e, nas frituras, especialmente peixes, é usada como cobertura.
Os ovos de galinha são usados quase que com exclusividade. São consumidos fritos ou endurecidos na água fervendo. São empregados em ligas, mexidos, coberturas e omeletes.
As massas mais comuns são o talharim e o espaguete. Ainda há quem as prepare em casa. Cozidas em água e sal, são depois escorridas. Servem-se com molho de carnes menos gordas. E muito comum o consumo de massa com galinha ou com linguiça. Também são usadas em sopas.
As sobras de alimentos são aproveitadas. Assim temos tradicionalmente: do arroz, bolinhos; do feijão, sopa ou feijão mexido; das carne desfiado, de carne frito e refogado. Quando sobra "um pouco de tudo", prepara-se a "mexidela", "mexido" ou "revirado". Basta transformar as carnes em guisadinho, misturar com as outras sobras e refogar na panela ou frigideira.
De um modo geral, na vida diária, a alimentação do gaúcho consiste numa mescla dos hábitos alimentares dos vários povos que compõem sua cultura.Até o próximo Post.

sexta-feira, 11 de junho de 2010

Costela de Boi na Brasa - Churrasco Nobre Buffet de Churrasco

Olá Amigos, hoje vamos conversar sobre uma iguaria do nosso Brasil que é a costela de boi.Por muitos considerada uma carne gordurosa e difícil de fazer na brasa, vamos aprender como é fácil seu preparo e também como sua gordura pode torna-la ainda mais saborosa.


Primeiramente devemos ir no açougue e pedir ao nosso açougueiro para cortar a costela em tiras de mais ou menos 40 cm de comprimento por 3 / 5 cm e largura.Compre em torno de 2 a 3 Kg de costela cortadas dessa forma em tiras.Vá ao mercado e compre o papel Celofane que será o papel usado no cozimento da costela.Corte pedaços bem finos de Celofane em tiras grandes e enrole eles, eles servirão para você amarar os saquinhos de Celofane que você vá fazer.Coloque o Celofane aberto sobre a mesa ou sobre a tábua e então coloque as tiras de costela sobre ele.Coloque sal grosso sobre a costela somente de uma lado e esfregue bem e então enrole o Celofane sobre a carne com umas 6 voltas e então corte o Celofane e faça um embrulho de costela com o Celofane.Amarre as pontas do seu embrulho de Celofane com as tiras de Celofane que você preparou inicialmente e tenha certeza que os dois lados ficaram bem fechados.repita a mesma operação para todas as tiras de carne que você comprou.Depois que o braseiro da sua churrasqueira estiver bem forte, cerca de 50 / 60  minutos após você acender a churrasqueira, coloque os embrulhos de Celofane que contém as suas tiras de costela no lugar mais alto da churrasqueira numa grelha.Vire suas tiras de costela a cada 30 minutos.Esse processo deve ser feito por 5 horas, que é o tempo de cozimento da costela.Depois desse tempo retire suas tiras de costela do braseiro e então retire o papel Celofane, e retorne com suas tiras de costela novamente para a churrasqueira no mesmo lugar que estavam antes, para que elas corem e fiquem com aquele aspecto bonito de uma carne feita na churrasqueira.Ela deve dourar por mais uns 15 minutos.Depois sirva da maneira que preferir.Viu como é simples fazer uma deliciosa costela num churrasco.Até o próximo Post.

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quinta-feira, 3 de junho de 2010

Acendedor elétrico para churrasqueira





É uma resistência que aquece quando liga-se a eletricidade. O efeito deste aquecimento é largamente suficiente para acender o carvão do churrasco rapidamente. É necessário contar de 8 a 10 minutos.
Esta fotografia foi tomada após 8 minutos (que o aquecedor elétrico é posicionado ligeiramente fora dos pedaços de carvão unicamente para melhor ilustrar este artigo, realmente ele é necessário posicioná-lo efetivamente ao meio). É o momento de retirar o aquecedor elétrico do churrasco e colocar a grelha acima.

terça-feira, 1 de junho de 2010

Curiosidades do churrasco no Rio Grande do Sul



Olá Amigos vamos conversar hoje sobre aonde nasceu o churrasco no Brasil o Rio Grande do Sul.Nós cariocas por termos um clima quente quase que o ano inteiro, fazemos churrasco em qualquer esquina e por qualquer motivo.No Sul o churrasco está ligado não só à história como à própria vida do gaúcho. Mas no Rio Grande do Sul, come-se de tudo e de tudo se oferece ao mais exigente turista em busca de apelos gastronômicos desde a cozinha internacional dos grandes restaurantes e hotéis, até o almoço colonial de espeto corrido, massa, polenta e saladas, num total de 30 pratos, passando pelas peixadas e frutos do mar na zona litoral, como também pelo exótico e forte mocotó e o puchero acastelhanado. A cozinha gaúcha na verdade é muito diversificada. Se atrai pelo peculiar dos pratos regionais, encanta pela sofisticação dos pratos mais requintados da culinária brasileira e internacional. Quem pedir um vatapá baiano num restaurante de Porto Alegre não sairá decepcionado. Mas quem, afinal de contas irá ao Rio Grande do Sul terra do churrasco para comer vatapá?

Um fogo de chão
Todos os pratos caracteristicamente gaúchos vieram do campo, ao longo da história do Rio Grande do Sul para as cidades. O churrasco por exemplo, está intimamente ligado à vida campeira, às guerras e ao gosto da liberdade. Elas ensinaram o gaúcho a preparar sua comida de maneira prática e rápida: um fogo no chão, alguns espetos de madeira, preferentemente camboim, e um pedaço de carne a pingar gordura nas brasas – nada mais do que isso para um churrasco, a carne temperada só com salmoura ou com sal grosso que, depois, se tira batendo com a faca. Um churrasco gaúcho, de costela gorda, alcatra ou picanha, se come com farinha de mandioca, espécie de guardanapo campeiro. Não há hoje no Rio Grande do Sul casa que se preze sem uma churrasqueira, seja na cidade, na praia, na serra. Quando o gaúcho reúne amigos o faz sempre para "assar uma carne" e todos já sabem do que se trata.

Charque e arroz
Mas há, também, o churrasco de charque (a carne seca do gaúcho), o galeto (frango ao espeto), rim, coração e fígado ao espeto, o xixo (contribuição árabe). Há tudo isso e há, ainda, o arroz carreteiro, uma tradição que vem do tempo das tropeadas: a trempe e a panela de ferro, o fogo de chão, dentro da panela o charque cortado em pedacinhos quadrados e o arroz. Há a paçoca de charque desfiado, seco, misturado com farinha e socado no pilão, para ser comido com café bem forte. Ainda do charque, a roupa-velha, o guisado e o ensopado. Quantas comidas típicas e saborosas se fazem com o charque, a carne seca e salgada do gaúcho, ingrediente obrigatório da feijoada à riograndense, tanto quanto o pé de porco, a orelha, a costela e o arroz feito à parte, o picadinho de couve, a laranja e o cálice de cachaça para abrir o apetite...

Pratos de inverno
A feijoada à moda gaúcha é um prato de inverno. Outro, também de inverno e também muito forte, é o mocotó, que vem dos escravos da zona litoral. Uma versão corrente, mas não historicamente estabelecida, diz que o senhor comia o boi por fora e dava aos escravos o direito de comer o boi por dentro, daí a originando o mocotó, um prato hoje muito apreciado nas cidades para almoço de fim de semana no inverno. O mocotó, uma sopa de feijão branco e mondongo (o bucho do animal) cortado em tiras e depois aos quadradinhos, as quatros patas, a tripa grossa e a coalheira, tudo muito limpo, e posto num panelão para ferver, mais linguiça e temperos – pimenta e salsa picada à parte, ao gosto do comensal. Mas o mondongo, também chamado de dobradinha nas cidades, se podem relacionar ainda outros pratos, principalmente o ensopado de batatas (o mais apreciado), acompanhado de arroz feito à parte. O tapichi ou monato (o terceiro antes de nascer, mas já com couro) dá muitas variações culinárias, assim como o terneirinho nascido e chamado de vitela.Até o próximo post.

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